Homofóbicas
Defunto queima filme
Uma
história real acredite se quiser. É o que eu defino como “homofobia póstuma”.Um
amigo meu, assumidamente homossexual por toda a existência, faleceu com 52
anos. Com as conhecidas dificuldades de enterrar pessoas em São José, foi um
sufoco para alojá-lo no cemitério de Barreiros. Após muita hesitação, sua irmã
autorizou sepultá-lo no túmulo do ex-marido (portanto, cunhado do falecido).
Passados
dois meses, a irmã começou a pressionar toda a família (eram 20 irmãos) para exumar
a ossada e achar um novo túmulo, pois tava pintando muito viado na sepultura
para visitar o falecido. Pode?
Bola
de fogo na família, muita briga e bate boca, entre os tantos irmãos, 73
sobrinhos e 118 filhos de sobrinhos.
Três
anos se passaram e finalmente conseguiram um túmulo para a exumação. Dessa vez
a briga ficou mais feia. A irmã disse que não precisava tirá-lo de lá, bastava
apenas fazer um túmulo vazio, com o nome do falecido, para as bichas visitarem.
Cabecinha
Reunião
do Colegiado de Djalma Berger. Como Líder do Governo, pedi mais entrosamento
entre os Secretários e a Câmara Municipal.
Falta
de diálogo, informações desencontradas e chá de cadeira aos Vereadores que
apoiavam o Governo nos atendimentos das Secretarias foram relatados.
Solicitei
mais cooperação, afinal estavam no mesmo barco e o reflexo das atitudes
chegavam ao povo. Muita pressão, a maioria me hostilizando, alguns até com
menosprezo, com aquele ar de estarem acima do bem e do mau. Por certo não absorveram
o óbvio de que eram empregados do povo, que pagavam seus salários e ocupavam
tais espaços porque tínhamos ganho as eleições. Não suportando mais o clima me
levantei e disse que não ia ficar levando porrada na Câmara para garantir o
emprego de meia dúzia de sacripantas. Ato continuo abandonei o Gabinete e sai
batendo a porta mandando todos...
Na
semana seguinte alguém me falou que um certo Secretário de Comunicação (isso
mesmo), estrangeiro que pousou de paraquedas no governo direto de Blumenau,
andava comentando nos corredores da Prefeitura: - “Se eu perder para um viado
desses não empato com mais ninguém”
Cobrei
dele sobre o infeliz surto homofóbico de pescoço empinado, continuou não
colaborando, passando a me ignorar totalmente e mantendo o tratamento arredio à
base do Governo. Três meses depois estava exonerado, não por minha influência,
mas porque, lógico, era uma anta.
Parada da Diversidade
Campanha
de 2000. Em carreata no Bairro Ipiranga tentando meu terceiro mandato, saltei
da Saveiro e abordei um cidadão na porta de casa, e ele foi curto e grosso: “-
Não voto em ti porque és bichona”.
Contei
até dez e dei a resposta: “- Ainda bem que não preciso do teu voto, pois vou me
eleger com os votos da tua esposa e filhos, que não são iguais a ti, e tenho
certeza vão me ajudar. Além do mais, pretendo contribuir com minha cidade,
usando apenas o cérebro.”
Apurado
o resultado da eleição fiz 2.870 votos e emplaquei o meu terceiro mandado pelo
PSDB, sendo o quarto Vereador mais votado.